O que cada um pensa é o que cada um pensa: e só isso

Hoje passei por uma situação difícil. Uma colega querida, amiga de trabalho, disse que minha atitude em não deletar um comentário que ela fez na minha página do saite de um curso que estamos fazendo foi deselegante. Na verdade, eu deixei a mensagem incompleta, postei, mas depois de um tempo editei e completei. Enfim, esse descuido fez com que ela comentasse antes de eu terminar o post, dizendo que não tinha entendido minha mensagem — a incompleta — e, quando ela viu a mensagem completa, se chateou, porque parecia que ela não tinha me entendido. Confuso, não? Pois é. E eu nem posso deletar a mensagem dela, porque não há essa opção no referido saite.

Daí eu vejo que a confusão é a coisa mais humana que há. Mesmo quando ninguém quer magoar ninguém, alguém acaba se chateando por uma interpretação particular. Estou tentando melhorar meu filme com a colega, muito provavelmente eu consiga, mas vai saber quantas confusões ainda nós duas e nós tantos outros teremos? Nossas atitudes deveriam vir com tecla sap na língua do receptor. Porque se nos entendermos individualmente já é tão difícil, imagine entender outra pessoa!

Por outro lado, há pessoas que nos entendem como ninguém. Essa mesma amiga, do episódio triste da vez, fala coisas que têm muito a ver comigo, em diversas ocasiões. Daí a cumplicidade. Mas há pessoas que parecem que entendem a nossa alma. Às vezes custa perceber que convivemos com alguém tão próximo: próximo de nossa alma. Alguém por quem nossa simpatia é gratuita: sem motivos aparentes para admirar tanto ou sem razões empíricas para se dar tão bem. E essa é outra sorte na vida. Bem, não sei tu, mas eu tenho, SIM, essa sorte.

Tanto a confusão completa, como a cumplicidade perfeita, exigem entrega. Quando nos confundimos e nos expomos, confiamos em quem está nesse processo de descobrimento do que se quer realmente dizer. Quando acontecem os momentos plenos de cumplicidade, confiamos — e isso é óbvio — na pessoa que está junto conosco. E, para mim, essa confiança é vital para que a gente aprenda a caminhar.

Bem, esse post é só para dizer que tenho sorte de conviver com as pessoas em quem confio. Ainda que eventualmente eu as deixe plenamente satisfeitas, absurdamente confusas e todas as variações entre esses dois extremos.

Autor:

Dinda, tia e "sora". Uma mulher ordinariamente comum, que tem qualidades simples e defeitos reles.

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